Ingrid Jensen é uma destacada personalidade do Jazz canadiano actual e uma surpreendente representante feminina no trompete, embora passe a viver definitivamente nos EUA a partir de 1994, altura em que passou a ser presença indispensável em Big Bands como a de Maria Schneider, por exemplo.
Anteriormente, depois de se ter destacado no seu próprio país, Ingrid Jensen aperfeiçoara a sua formação jazzística no famoso Berklee College de Bóston, a par de várias digressões pelo Japão e pela Europa com o seu próprio quarteto.
Aliás, e a exemplo de outros destacados representantes das novas gerações de músicos americanos, é de sublinhar a circunstância de esta trompetista não apenas ter centrado a sua actividade em Nova Iorque como também ter-se interessado por experiências no campo do Jazz e da música improvisada noutras paragens, como por exemplo o Japão, o Chile ou os diversos países europeus (Irlanda, França, Suécia, Alemanha, Áustria) onde actuou com regularidade, o que demonstra o seu interesse no contacto com outras realidades culturais no campo da música.
Esta abertura proporcionou-lhe, por exemplo, um convite para uma digressão europeia como membro integrante da prestigiada Vienna Art Orchestra, tendo sido mesmo professora de trompete (apenas com a idade de 25 anos) no Conservatório Brucknet na Áustria ou, mais recentemente, artista residente na Escola Superior de Música de Berlim.
Evidenciando naturais influências de grandes mestres do trompete, como Miles Davis, Woody Shaw ou Art Farmer, Ingrid Jensen aproxima-se rapidamente daquele ponto da sua formação teórica e prática em que pode já falar-se da criação de um estilo pessoal, construído sobre notáveis técnica instrumental e imaginação criativa que não exclui (antes se alimenta de) um indispensável calor interior.