Ambrose Akinmusire

Ambrose Akinmusire - trompete
Sam Harris - piano
Harish Raghavan - contrabaixo
Justin Brown - bateria

Nascido em Oakland, Califórnia, o trompetista Ambrose Akinmusire, hoje chegado aos 30 anos de idade, demonstrou desde muito novo as suas aptidões para a música, tendo logo na sua adolescência brilhado, como músico de estante e solista, no Berkeley High School Jazz Ensemble.

Anos mais tarde, iniciando uma carreira profissional que rapidamente o afirmou nos meios mais exigentes do jazz, tocou com personalidades como Joe Henderson ou Steve Coleman que, impressionados pelo seu talento natural, o impulsionaram a seguir uma via própria na sua evolução estética. Ainda antes de completar 18 anos de idade, os seus caminhos cruzaram-se também com os de Joshua Redman ou Billy Higgins.

Em termos escolares, Akinmusire terminou o bacharelato na Manhattan School of Music e, mais tarde, fez o seu mestrado na Universidade da Carolina do Sul.

Durante este percurso foi aluno ou trabalhou em workshops com mestres como Laurie Frink, Dick Oatts, Lew Soloff e Terence Blanchard e participou como sideman em vários álbuns ou atuações públicas ao lado de Aaron Parks e Vijay Iyer, Josh Roseman, Esperanza Spalding, Lonnie Plaxico, Stefon Harris, Charlie Persip ou ainda inserido na Mingus Big Band e no S. F. Jazz Collective.

Em 2007, o jovem músico conquistou o Carmine Caruso International Jazz Trumpet Solo Competition bem como a Thelonius Monk International Competition na categoria de trompete.

Um ano mais tarde, publicou o seu primeiro álbum como líder — Prelude to Cora, para a independente Fresh Sound New Talent — seguindo-se em 2011 um outro álbum, desta vez na consagrada Blue Note, intitulado When the Heart Emerges Glistening e que foi saudado pela crítica como um dos melhores álbuns do ano, chamando as atenções para uma nova e estimulante voz instrumental do jazz, caracterizada pelo virtuosismo mas também pelo culto da construção da frase, do timbre apurado e da valorização dos silêncios.

A estreia portuguesa de Ambrose Akinmusire com o seu quarteto na edição deste ano do Estoril Jazz pode constituir, logo no seu arranque, um bom prenúncio para o que nos próximos dias se seguirá.